Saint-Julien-d'Intres é uma comuna no departamento de Ardèche, na região de Auvergne-Rhône-Alpes, 18 km a sudeste de Chambon-sur-Lignon.
Nasceu da fusão em 2019 das localidades de Intres (no norte) e Saint-Julien-Boutières (no sul).
Fazendo fronteira com o Haute-Loire a oeste, variando de 574 a 1.093 m acima do nível do mar, seu território de 21 km² pertence à região natural de Boutières, dentro das montanhas Vivarais, a leste do Maciço Central. Este "país" é famoso por suas "estufas" (pequenas cordilheiras) e seus vales profundos. Foi apreciado durante e após as Guerras de Religião pelos huguenotes que ali encontraram refúgio.
A história da cidade reflete em parte essa geografia: de 1911 a 2011, Intres foi separada da cidade e conquistou sua independência porque a vila estava localizada entre (o que deu "intre") os rios 'Aigueneyre e Eyrieux.
Hoje, novamente reunidas, as aldeias conservam o seu carácter pitoresco em termos ambientais e patrimoniais. Uma certa atividade é preservada lá. Mas, além da cultura em socalcos e das pequenas indústrias (têxteis, extração mineral), é também o turismo o motor da nova vila, que conta com cerca de 370 habitantes.
Para os amantes das caminhadas e da mudança de ares, Saint-Julien-d'Intres pode revelar-se um pequeno paraíso...
Em termos patrimoniais, em Saint-Julien, destacam-se em primeiro lugar os restos do castelo feudal (conhecido como "Châteauneuf") erguido depois do ano mil e que estava entre as quarenta fortalezas de Vivarais. Ele observou a confluência dos rios Rimande e Eyrieux. No último terço do século XIX, o edifício já em ruínas foi desmantelado e as suas pedras reutilizadas para construir a nova igreja paroquial de Saint-Julien (1870) e habitações. Tudo o que resta agora é uma longa muralha fortificada e as bases de uma torre triangular. Este conjunto deve ser reforçado pelas autoridades locais.
Além da igreja, para ver nas proximidades, a estátua de Notre-Dame des Boutières, erguida em 1945 pelos habitantes, a vila foi poupada durante a Segunda Guerra Mundial. Da rocha que pertenceu aos senhores de Châteauneuf en Boutières, a estátua domina a pequena cidade.
O templo protestante de Intres, os cemitérios familiares "privados" de famílias que permaneceram fiéis à religião reformada, velhas pontes ou lavabos, fornos de pão, cruzes de pedra ou ferro, lavabos ainda pontuarão os passeios ou caminhadas em caminhos e caminhos atravessando as aldeias, povoados e zonas rurais da vila, ou margeando os rios.
No plano cultural, é obrigatória uma paragem no museu Poux, que leva o nome da aldeia onde se encontra este original estabelecimento fundado por um artesão reformado. Apresenta-se uma coleção de objetos artesanais ou agrícolas recolhidos pelo proprietário. O museu reflecte assim fielmente o quotidiano de outrora nas zonas rurais desta região agreste mas rica em saberes variados. Aberto à tarde de maio a outubro. É prudente prevenir. Informações em +33 6 70 45 81 74.
Noutro género, em termos de turismo industrial, são oferecidas visitas sazonais à pedreira de basalto de Les Chênes. A rocha vulcânica ali extraída é utilizada na construção civil. A empresa que explora o local perpetua uma longa tradição regional, as pedreiras já fazem parte da paisagem, sendo esta atividade rotulada pela UNESCO. A visita permite aliar a observação geológica (num subsolo ainda marcado pela sua história vulcânica) e o saber fazer. Informações através do +33 4 75 30 40 87.
As unidades têxteis (aplicações) e ligadas ao fabrico de joalharia situam-se também na vila e nas vizinhas a sul, perpetuando de novo um saber-fazer único. Informe-se em +33 4 75 64 80 97.
Para caminhantes e caminhantes, Saint-Julien-d'Intres tem um potencial rico e variado.
Em primeiro lugar, nota-se o caminho do Centenário traçado na aldeia de Intres e suas imediações em 2011 (pelo centenário da criação da comuna na época). Com 6 km de extensão, pontuados por painéis informativos ilustrados, conecta patrimônios, lugares de história e memória (assim se menciona a ação dos Justos durante a Segunda Guerra Mundial, que protegeram e salvaram muitas famílias judias), e destaca as tradições agrícolas e artesanais (guarnições). Partida do centro da vila. Também acessíveis são circuitos dedicados a ciclistas de montanha, percursos pedestres centrados no património natural e nos relevos verdes ou rochosos ("a estufa de Pesseyon", "o caminho de Sauverzac") ou a Dolce Via: este percurso seguro foi desenvolvido na traçado da linha férrea que, a partir de 1891, ligava o Vale do Loire a oeste ao do Ródano a leste através das montanhas Ardèche. O percurso é pontuado por obras de arte (viadutos, túneis) e é ideal para desfrutar de paisagens intocadas. Aberta a caminhantes, cavaleiros ou ciclistas, atravessando a cidade, a Dolce Via tem 90 km de extensão. Mapas e informações para caminhantes através do +33 4 75 64 80 97.
Refira-se ainda que os vários cursos de água da localidade são acessíveis aos pescadores (consultar através do +33 4 75 30 44 04) e que ao longo do ano se realizam eventos (exposições, caminhadas, workshops, etc.) são programados pelo Parque Natural Regional Monts d'Ardèche (contato +33 4 75 36 38 60).